Dentre todas as fases, movimentos e muitos detalhes na boa execução do tiro com arco, a largada é provavelmente o elemento mais difícil de executar. Isso esta intimamente relacionado com o fato de a largada não ser bem um movimento ou uma ação mas, totalmente o contrário, a falta de uma ação. Quando seguramos um copo na mão e decidimos largá-lo sobre a mesa, o nosso cérebro ordena aos dedos que se afastem lentamente, que liberem o copo com cuidado sobre a superfície de apoio. Ao tensionar a corda e fazer a ancoragem, fazemos força com o braço, o antebraço e as pontas dos dedos, que deve ser transferida para a escápula em um movimento circular do cotovelo no final da ancoragem, relaxando o braço, o antebraço e a mão. Subitamente, depois de fazer a mira, devemos deixar a corda escapar. Porém, diferentemente do copo que largamos sobre a mesa, não queremos que o cérebro ordene aos dedos se afastarem. Queremos apenas que eles relaxem e que a corda faça o trabalho de afastá-los. Se permitirmos que o cérebro controle o movimento dos dedos, este movimento será mais lento que a passagem da corda, e terminaremos interferindo na sua movimentação, provocando vibrações e oscilações que alteram a viagem da flecha. Adicionalmente, a mão será impelida a se movimentar afastando-se do pescoço e não ao longo dele, como acontece se a largada for feita da forma certa. Sugerimos a leitura do documento “Developing the Magic Release” (http://www.archeryfocus.com/6-2rt300.pdf), em que se discutem detalhes para melhorar a largada e, especialmente, o que seria uma Largada Mágica ou Largada Perfeita, aquela em que você mal percebe a movimentação dos dedos da corda depois da largada, como no caso do vídeo de Soo-Nyung Kim que pode ser assistido em: http://www.youtube.com/watch?v=BmovZX1lNc4.